terça-feira, 24 de novembro de 2015

Solidão

O título é a parte mais rascunhada desse textinho, pois eu tenho certeza de que não é adequado. Estou chamando temporariamente de "Solidão" pelo momento em que eu escrevi. Eu me sentia sozinho e alegre ao mesmo tempo, e os dois sentimentos se completavam perfeitamente. Eu entendo que nem sempre a solidão é uma boa conselheira, mas às vezes a companhia, por melhor intencionada que esteja, só causa mais confusão. Eis o poema:

"Meus amigos me viram olhando pro céu,
Sentado nas pedras da beira do mar.
As ondas batiam, fazendo escarcéu,
E eu lá respirava a água no ar.
Naquele momento eu estava sereno,
Mas me perguntaram se estava a chorar;
Eu disse: rapaz, eu estou mais ou menos,
E venho implorar a sua compreensão,
Pois quero distância dos seres humanos:
Vou-me aconselhar com a solidão."


5 comentários:

  1. Só é. Um dos melhores que já vi da sua autoria. Coisa fina mesmo.

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  2. E se não fosse uma pergunta, mas uma constatação retórica?
    Nada eufórica, chorava eu com medo da luta.
    Em silêncio e cólicas de prazer
    de estar, de ser.
    Nas mesmas pedras que você, implorei compreensão.
    Te amo
    inteira
    em solidão.

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  3. Essa eu diria que nem chegou a tocar a alma, foi a alma! Grata

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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