segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Pequenas Coisas

Das coisas que eu observei, enquanto
Ansiava por me declararem pronto
Para extrair razão dessa existência ilógica,
A que mais me atraiu, revelarei: a mágica;
Foi a mais pequena, só por pequena ser.

As grandes e colossais, ao ver,
Senti o açoite provocador da febre,
Saindo a correr, a saltitar: alegre;
Maravilhado por sua gran ciência.

Já as miudezas, coisas sem importância,
Pertencem ao tempo da ternura:
São poesias, obras in natura;
Manifestações do imanifesto;
Amostras do essencial, de resto,
É tudo muito importante…

E eu prefiro, à rocha mais brilhante,
Seguir a trilha que há por entre as rosas
Acompanhado apenas pelas pequenas coisas. * Voltei a escrever poesia. Isso é um sinal de que as coisas estão se movimentando. Essa aí veio durante uma aula na faculdade de direito. O mérito não é da aula, é claro, que foi estéril como são a maioria das aulas naquele lugar. O mérito é total da distração. Da fuga para algo que faça sentido enquanto o que acontece bem à minha frente não faz sentido nenhum. A melhor fuga é a fuga pra poesia. Gostei de fugir pra lá, e ainda voltei com esse presente! Não está lapidado, ainda falta, mas o objetivo desse blog é publicar mesmo os meus rascunhos, é cultivar essa coragem. A versão final virá mais adiante, quem sabe?

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